Como o frio da Covilhã vai ajudar a PT a ser mais sustentável (com VÍDEO)



Localizado estrategicamente na cidade da Covilhã, a mais fria de Portugal, o novo centro de dados – ou data center – da Portugal Telecom impressiona pelo seu design. Mas é no seu vanguardismo tecnológico e investimento em sustentabilidade que ele se torna mais interessante para a tecnológica portuguesa.

“Este é um data center de nova geração, que cumpre com as melhores práticas da indústria à escala global”, explicou ao Economia Verde o responsável pela infra-estrutura, Miguel Covas.

Situado mesmo à saída da Covilhã, com a serra à vista, este é o maior centro de dados da Europa e vai permitir à PT reduzir a sua factura energética em 40%, uma poupança que poderá reflectir-se num preço mais competitivo na oferta de serviços.

“Ao contrário das nossas casas, que temos necessidade de aquecer, no Inverno, e arrefecer, no Verão, num data center a necessidade é sempre de arrefecimento”, frisou Miguel Covas. “Na Covilhã faz frio, e o objectivo é aproveitarmos o que a mãe natureza nos disponibiliza aqui, o ar frio. Em vez de utilizarmos os ares-condicionados para arrefecer, utilizamos este ar frio para arrefecer e climatizar os computadores”.

O megacubo tecnológico ergue-se no meio de um espelho de água, que foi pensado para armazenar toda a água da chuva. Há ainda vários depósitos de ar frio, que têm como objectivo arrefecer o ambiente.

Os data centers têm de operar com temperaturas entre os 18º e os 27º, razão pela qual a Covilhã acaba por ser uma excelente escolha para esta infra-estrutura. Inaugurado em Setembro último, o data center conta com mais de 1.600 painéis fotovoltaicos, sendo que 75% do fornecimento de energia é de fontes renováveis.

Veja o episódio 213 do Economia Verde – de sorte para a PT.

Foto: Jsome1 / Creative Commons





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