Como o tempo influencia o crescimento populacional das cidades



À medida que os especialistas estudam as mudanças populacionais registadas durante o século XX nos Estados Unidos, constatam que elas coincidiram com o aquecimento do clima.

Entre 1920 e 1980, por exemplo, cada aumento de 1% da temperatura em Janeiro conduziu a uma taxa de crescimento esperada de 2,3% para um determinado estado. Os 25 estados com temperaturas médias abaixo dos 30 graus em Janeiro registaram, em média, um crescimento populacional de 95%, enquanto os 25 estados acima dessa temperatura cresceram 309%.

O que se registou nos estados, de forma geral, verificou-se também em grande parte das áreas metropolitanas. Durante a segunda metade do século XX, em particular, as cidades do nordeste e do centro-oeste do país tenderam a perder habitantes, em comparação com as do sul e do oeste.

Parece haver uma razão muito óbvia para os lugares mais quentes terem prosperado: o ar condicionado. É verdade, foi o marketing massivo após a Segunda Guerra Mundial deste produto que levou muitas pessoas a suportarem os Verões quentes de lugares como Phoenix.

Outra teoria avança que os norte-americanos podem ter-se tornado perseguidores do sol porque também se tornaram mais ricos nesse período. Sendo um clima agradável um luxo maravilhoso na vida – nós portugueses sabemo-lo bem – esta pode ser uma boa justificação para o fenómeno.

Segundo o The Atlantic Cities, os dados empíricos tornam de facto mais consistente a explicação de que as pessoas têm vindo a valorizar a contribuição do bom tempo como factor determinante para uma melhor qualidade de vida.

Claro que muitos outros factores influenciam as tendências dos fluxos migratórios das pessoas, mas o tempo agradável não deixa de ser um factor interessante a pesar na decisão.





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