Como os congestionamentos são a maior ameaça ao crescimento económico da América Latina



Pode o crescimento dos subúrbios e congestionamentos de trânsito ameaçar a viabilidade económica das cidades latino-americanas?

A questão é colocada, de forma retórica, na edição desta semana do The Economist. A conclusão é simples: as megacidades da América Latina, a começar pelas brasileiras, estão em risco de arrastar para baixo as economias dos seus países, caso se mantenham os níveis actuais de congestionamento de trânsito, falta de habitações, poluição e ausência total de planeamento urbano.

O estudo que comprova esta conclusão foi desenvolvido pelo McKinsey Global Institute, braço de pesquisa da consultora homónima, e revela que, até 1970, as grandes cidades da América Latina lideraram o desenvolvimento económico dos seus países. Uma tendência que começa agora a ser contrariada, pelo dinamismo de cidades médias como Curitiba ou Florianópolis, no Brasil, Toluca e Mérida, no México, ou Medellin, na Colômbia.

Estas cidades médias estão a crescer mais rápido que as megacidades (uma excepção, curiosamente, é o Rio de Janeiro), e puxarão com elas, nos próximos 15 anos, o crescimento dos respectivos países. E esta tendência não se irá alterar se as chamadas megacidades não se tornarem mais eficientes, com menos poluição e congestionamentos. Ou seja, tenham um melhor planeamento urbano.

Segundo a McKinsey, quatro em cinco latino-americanos vivem em cidades, e as 198 cidades daquele continente com mais de 200.000 pessoas representam 60% da sua economia.

Leia o artigo do The Economist e saiba como podem as megacidades fugir a este labirinto sócio-económico.





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