Como será a energia do futuro?



O mundo precisa de deixar para trás os combustíveis fósseis e trocá-los por fontes energéticas limpas. Mas que fontes são estas? E Como gerar toda a energia de que precisamos?

Aqui ficam algumas ideias sobre tecnologias prováveis e outras que ainda estão no campo da investigação.

Energia solar espacial
A cada hora que passa, o mundo recebe mais energia provinda do Sol do que a humanidade usa num ano inteiro. O problema está em não conseguirmos aproveitar este potencial na totalidade. Uma parte da energia é refletida pela atmosfera de volta para o espaço, outra é absorvida pelas nuvens. E o Sol nem sempre brilha devido à rotação do planeta. Uma ideia para resolver este problema é instalar estações solares gigantes no espaço, que seriam capazes de receber a energia provinda do Sol 24 horas por dia. A energia recolhida seria, depois, transmitida para a Terra através de laser ou micro-ondas. Existem várias questões que precisam de ser ultrapassadas, como o custo que ainda é um problema. Mas este pode em breve ser resolvido graças a empresas como a Space X que estão a fazer descer os preços de transportar materiais para a órbita da Terra.

Conceito de central solar espacial, da NASA

 

Energia das ondas
Esta é uma das fontes de energia com grande potencial – estima-se que o mundo possa gerar 2TWh recorrendo aos oceanos. Até agora, tem havido pouca evolução neste campo, devido ao facto de o oceano ser um ambiente adverso capaz de corroer até o mais resistente dos dispositivos. Por outro lado, a energia solar e eólica têm sido as principais fontes de atenção no que toca às energias renováveis. Mas ainda recentemente um projeto na Escócia provou como é possível gerar 3GWh de energia num ano, com apenas uma turbina oceânica. A FloTEC pretende lançar a primeira turbina comercial ainda este ano.

 

Janelas solares
A energia solar continua a crescer a grande ritmo um pouco por todo o mundo. Em 2016, foram adicionados 290GW de capacidade às redes mundiais, com pelo menos 100GW a serem adicionados todos os anos. Um novo estudo indica que este valor deverá subir 65 vezes até 2050 para um total de 18 895GW.

Novos avanços na tecnologia podem até levar à criação de painéis fotovoltaicos transparentes, eficientes o suficiente para gerarem eletricidade.

 

Microalgas
As microalgas são verdadeiros superorganismos. Não só estão a ser estudados como fonte de proteína para alimentar um mundo em crescimento, como são ricas em óleo que pode, depois, ser transformado em biocombustível. A vantagem desta abordagem prende-se com o facto de este combustível ser praticamente neutro do ponto de vista do CO2 e de poder ser usado em aviões – importante, dado que esta indústria ficou de fora do Acordo de Paris e é necessário encontrar alternativas ao combustível usado neste momento.

 

Fusão nuclear
A fusão nuclear é o Santo Graal da investigação em torno das energias limpas. Ao contrário do que acontece com a fissão nuclear (a tecnologia usada atualmente nas centrais nucleares), a fusão nuclear não produz desperdício radioativo porque funde os átomos para produzir energia em vez de separar os seus componentes. Assim, não há o risco de criar uma reação descontrolada que acabe numa explosão. A investigação dura há décadas porque é muito difícil recriar aqui na Terra as condições que existem numa estrela. Mas os cientistas estão cada vez mais perto de o conseguir e existem inúmeras experiências que estão a tentar alcançar a tecnologia que nos irá permitir produzir energia limpa de forma ilimitada.

A fusão é, no fundo, reproduzir aqui na Terra a reação nuclear que alimenta o Sol.

 

 





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