Como será o clima da Terra em 2100?
Bem-vindo a 2100. A concentração de dióxido de carbono (CO2) é de 935 partes por milhão (ppm) e gás corresponde agora a 0,1% da atmosfera terrestre. Este é o cenário traçado pela NASA para 2100, baseado no ritmo actual de emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera.
Na passada semana, a NASA divulgou um mapa interactivo – no total são 11 terabytes de informação sobre o aquecimento global e tendências climáticas – onde prevê como será a temperatura nas mais diversas regiões do globo no final do século.
De acordo com o mapa divulgado, 2100 será quente, muito quente. As previsões foram feitas através de dados internos da NASA, onde se incluem registos históricos e modelos climáticos capazes de prever o clima até ao final do corrente século.
Os dados estão hospedados no NEX (NASA Earth Exchange), uma grande plataforma de investigação de dados inserida no Centro Avançado de Supercomputação da NASA, na Califórnia. A informação indica as alterações projectadas para diversas regiões do globo em resposta aos níveis crescentes de CO2 na atmosfera e podem ser vistos numa escala temporal diária para cidades específicas.
De acordo com a informação disponibilizada e com o mapa interactivo, escreve o Daily Mail, se no final do século a concentração de CO2 na atmosfera aumentar para mais que o dobro – atingir mais de 900 ppm, sendo que actualmente está nos 400 ppm – grande parte da África, América do Sul e Índia vai experienciar temperaturas máximas diárias de mais de 45°C. Cidades como Jerusalém, Nova Iorque, Los Angeles ou Bombaim podem ver as temperaturas de verão atingir também estes valores. Londres poderá experienciar temperaturas acima dos 25°C em Paris as temperaturas no verão poderão ultrapassar os 30°C.
Num cenário onde a concentração de CO2 aumentasse para mais que o dobro, as temperaturas diárias de verão em Lisboa e no Porto podem oscilar entre os 30°C e os 35°C. Já no interior do país e em grande parte do Alentejo, as temperaturas de verão ultrapassariam os 40°C.
Foto: NASA