Como será o supermercado do futuro? (com FOTOS)



Uma das principais atracções da Expo Milão, que durante seis meses decorre na cidade italiana, é um supermercado – que se diz – do futuro, uma experiência interactiva desenhada pelo arquitecto italiano Carlo Ratti, em colaboração com a Coop e Accenture e que procura mostrar aos consumidores que supermercados irão encontrar dentro de alguns anos.

A grande novidade é um ecrã interactivo, colocado em cima de cada produto, que tem uma lista de detalhes sobre cada um dos produtos: informação nutricional, proveniência, data de validade. Dentro de cada um dos ecrãs, uma Xbox Kinect permite aos clientes utilizarem as mãos para realçar um alimento específico ou saber mais sobre ele, incluindo os conteúdos nutricionais, o local de onde veio, a sua pegada carbónica e os alergénios.

Ao lado dos produtos existem braços robóticos que empacotam e escolhem os produtos à medida que os pedimos. Segundo a Coop, o facto de os produtos estarem escondidos, num local fresco, aumenta os níveis de sustentabilidade.

Para manter os produtos frescos existem ainda frigoríficos que, tal como nos vegetais e frutas, têm um ecrã em cima, um ponto de informação com todas as características do produto e que evita que os consumidores estejam sempre a abrir o frigorífico e tocar nos produtos. E deixar o frigorífico fechado significa, também, gastar menos energia.

Segundo a Computer Weekly, um dos problemas deste supermercado é a gestão de conteúdos do sistema central, que tem todos os dados sobre um determinado produto. O facto de os produtos terem diferentes características e fornecedores acaba por ser problemático para o desenvolvimento deste sistema, uma vez que nem todos os produtores estão preparados para introduzir todas as características do produto num sistema central.

Quando todas estas arestas estiverem limadas, o Coop saberá, através de todos os dados dos produtores e consumidores – vendas, por exemplo – a que dias o supermercado vende mais frutas, vegetais ou outros produtos. Ao prever o que os consumidores querem, o supermercado poderá melhorar a sua gestão de stock e, assim, gerir melhor a sustentabilidade.

Estará ainda disponível uma app que analisa os nossos padrões de consumo e sugere outros produtos, com base nas características – nutricionais ou outras – de produtos comprados anteriormente.

O arquitecto do supermercado, Ratti, explicou que quer saber como é que a informação digital afecta a forma como as pessoas interagem e seleccionam a comida que querem levar para casa. Se este supermercado conseguir dar-lhes pistas para consumirem e desperdiçarem menos, então o futuro devia ser hoje.

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