Como uma sessão fotográfica ajuda a salvar cães destinados à eutanásia (com FOTOS)



Em 2005, uma vizinha da professora e fotógrafa Shannon Johnstone, ao descobrir que ela tinha acabado de adoptar um cão, perguntou-lhe se não queria fazer trabalho voluntário num abrigo para animais. Ela assumiu que Shannon era defensora dos animais por ter recolhido um cão abandonado mas, na verdade, a fotógrafa pouco sabia sobre esta causa – ela adoptou um cão porque não tinha tempo para ter um cachorro.

No entanto, Shannon acabou por aceitar o convite e, uma vez por semana, passou a ir ao WCAC (Wake County Animal Center) em Raleigh, no estado da Carolina do Norte, EUA. Foi aí que ela percebeu o drama dos animais abandonados: a cada sete dias, novos animais apareciam por lá – e outros desapareciam.

Shannon acabou por se voluntariar para fotografar os animais para o site do abrigo. Em 2010, o director dos serviços ambientais da cidade sugeriu-lhe fotografar os cães num parque situado numa antiga lixeira – os milhares de toneladas de lixo elevaram a colina agora verde ao segundo ponto mais alto de Raleigh.

A fotógrafa começou então a levar os cães que há mais tempo estavam no abrigo – e que correm maior risco de eutanásia – para o parque: “Chamo-lhe Cães da Lixeira. No caminho para o topo do parque eles correm, brincam, cheira, perseguem bolas e comem. Eu fotografo”, explicou ao The Dodo.

De 2010 a 2015, Shannon fotografou 153 cães. Deste grupo, 132 conseguiram encontrar famílias, sete ainda estão à espera e 14 foram eutanasiados por diversas razões. A lixeira que agora é um parque esteve activa durante 14 anos, de 1996 a 2008. Durante este tempo, a WCAC trouxe para aqui os cães eutanasiados – 25.666, para sermos mais exactos. Agora, é neste cenário que muitos reganham a sua vida.

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