Comunidades: Jogadores do Aston Villa terão de residir a menos de 50 quilómetros do local de trabalho



Todos os futuros contratos assinados pelo Aston Villa, clube de futebol inglês, terão uma cláusula que obriga os jogadores a residir a, pelo menos, 50 quilómetros do local de trabalho, ou seja, o centro de estágio de Bodymoor Heath.

A ideia é reforçar os laços dos futebolistas com a comunidade, levando-os a desenvolver um novo sentimento de pertença não só ao clube mas ao bairro, cidade e região onde este está inserido.

A notícia foi bastante elogiada na imprensa inglesa que, em artigos de opinião, incentivou outros clubes a tomarem decisões similares. (O Aston Villa, diga-se, tem hoje três jogadores da área de Birmingham no seu plantel: Gabriel Agbonlahor, na foto, a celebrar com os adeptos, Marc Albrighton e Nathan Delfouneso.

Um dos exemplos – negativos – dados pelo Aston Villa para tomar esta decisão teve como pano de fundo o comportamento do futebolista Robert Pires na época passada. Apesar de jogar no clube de Birmingham, o francês continuava a residir em Londres, a 200 quilómetros. Ou seja, viajava 400 quilómetros por dia, fazendo de Birmingham apenas um local de passagem.

Para além de reforçar a ligação com as comunidades, esta nova regra tem outra utilização: acabar com as longas viagens entre casa e o trabalho, que por vezes deixam mazelas físicas aos jogadores.

“Os clubes de futebol são, na sua essência, preocupações locais, e é este o segredo da sua longevidade e saúde financeira. O Aston Villa é um dos vários clubes de topo ingleses que ainda retêm uma notável aura local, baseada na forma como, historicamente, o clube procurou jogadores da região”, explicou o The Guardian.

Vale mesmo a pena ler o artigo do The Guardian (em inglês), que aborda, sobretudo, o dia-a-dia dos futebolistas dos nossos tempos.





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