Concentração de CO2 na atmosfera alcança máximos históricos



Dados revelados há alguns meses atrás, deixavam já transparecer o que há muito se suspeitava: os gases com efeito de estufa tinham já ultrapassado o limiar de 400 ppm em locais específicos do globo. No entanto, o que não se sabia na altura é que valor tinha igualmente sido atingido à escala global, dado confirmado agora pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência das Nações Unidas.

No boletim agora conhecido sobre gases com efeito de estufa, a instituição alerta que este ano já se alcançou um “aumento para novos recordes” das taxas de concentração de CO2. De acordo com a instituição esta não é uma situação passageira, prevendo desde já valores anuais superiores a 400ppm por várias gerações.

Para estes investigadores, o fenómeno meteorológico “El Niño” pode ajudar a explicar o porquê deste aumento da concentração de CO2. Com um efeito comprovado de aquecimento generalizado, o El Niño deu origem a “secas nas regiões tropicais e reduziu a capacidade de absorção do CO2 de florestas, vegetação e oceanos”, de acordo com a OMM.

O relatório aplaude ainda o acordo alcançado em Kigali há uns dias, que tem por objectivo a eliminação faseada dos hidrofluorocarbonetos (HFC), usados de forma excessiva em frigoríficos e aparelhos de ar-condicionado, com consequências directas na emissão de gases de estufa.

Para Petteri Taalas, responsável da OMM, enquanto não houver um plano definido e assumido a nível global, as metas de diminuição de emissões de CO2 vão continuar a falhar, ano após ano.

O boletim anual da OMM sobre gases com efeito de estufa analisa a concentração de gases na atmosfera, em vez das emissões. Além do CO2, o relatório analisa as taxas de concentração de metano, óxido nitroso e vários outros gases com grande impacto nas alterações climáticas.

Foto: via Creative Commons 





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