Condado irlandês torna standard energético passivhaus obrigatório na construção nova
O condado de Dún Laoghaire Rathdow, na Irlanda, aprovou uma lei que obriga todas as novas casas a serem construídas com o standard energético de passivhaus – que pode ser traduzido em português como “casa passiva”, ainda que não no conceito tradicional destas – ou uma performance equivalente.
O passivhaus é um standard ligado à construção sustentável (como é o LEED, na verdade) e que se foca num excelente isolamento térmico que mantém o calor desejado no interior; um sistema de ventilação que fornece ar novo constante ao interior; e um sistema de recuperação de calor de elevada eficiência, que permite que o calor existente no ar e que é extraído seja reutilizado. Ou seja, é um sistema extremamente eficiente e barato.
De acordo com o Passive House Plus, a nova moção foi sugerida pelo próprio editor da publicação e apoiada por uma conselheira do condado, Marie Baker. A última palavra, porém, pertence ao Ministro do Ambiente da Irlanda, que poderá vetar a lei com o argumento de que ela poderá aumentar o preço das habitações.
Os novos edifícios não precisam de ser certificados, necessariamente, pela entidade que regula a Passive House. No entanto, tem de provar que a performance é equivalente a este sistema de construção. Segundo o jornal, a nova legislação poderá resultar em 20.000 novas habitações energeticamente eficientes, em Dún Laoghaire-Rathdown, até 2022.
Segundo o jornal Edifícios e Energia, este standard pode levar a poupanças energéticas de até 90%, comparativamente aos edifícios típicos do Centro da Europa e de 75% em relação às novas construções.
“Desenvolvida pelo investigador alemão Wolfgang Feist, no Passivhaus Institut (PHI), desde os finais dos anos 80, trata-se de uma norma que tem ganho adeptos por toda a Europa, contando já com 32.000 edifícios com este selo, e países e cidades, como a Áustria ou Frankfurt, onde foi adoptada como obrigatória. Mais: este é um conceito que pretende ser adaptável a todos os climas no mundo, havendo já registos de projectos no Japão e na Coreia do Sul”, escreve o jornal português.
Foto: Jeremy Levine / Creative Commons