Conheça o devorador de pinhões português



Esta espécie exótica é um sugador, que se alimenta de pinhas e flores de diversas espécies de resinosas. Dono de uma espécie de trompas pontiagudas, o inseto de pouco mais de dois centímetros consegue penetrar a pinha para alimentar-se, absorvendo o pinhão em formação. O resultado são os denominados ‘pinhões chochos’.

Com uma capacidade de sobrevivência rara, numa região em que não tem inimigos naturais, dado tratar-se de uma espécie exótica, o Leptoglossus não tem fronteiras. Além de absorver o pinhão, estraga a pinha enquanto ainda está a formar-se – uma pinha demora três anos a ficar madura.

Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), este inseto exótico – que, recorde-se, é mais uma praga a ameaçar a floresta autóctone e as exportações portuguesas (com o pinheiro bravo, por exemplo) – chegou à Europa, mais exatamente ao Norte de Itália, já em 1999, “tendo-se aclimatado e disseminado rapidamente por vários países europeus”. A presença em Portugal foi confirmada em 2010 na península de Troia e no norte do país.

Depois da Espanha, Portugal é atualmente o país com maior área de pinheiro manso. Assim, a Península Ibérica possui cerca de 75% da área de distribuição mundial do pinheiro manso e que nos últimos 10 anos o povoamento em Portugal aumentou mais de 50%.





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