Conheça o pequeno país que lidera a corrida ao “ouro” espacial



O Luxemburgo apresenta apoios financeiros e medidas bastante atrativas para as grandes empresas de exploração espacial se fixarem no Grão-Ducado. Até ao momento, mais de 200 empresas e startups ligadas aos negócios espaço concentram-se neste pequeno país. A estrutura legal espacial de Luxemburgo tem diferenças substanciais face à dos Estados Unidos.

No país liderado por Donald Trump é exigido que as companhias tenham mais de 50% de capital em terras americanas. O Luxemburgo não impõe tal limitação e, além de ser um dos locais com o maior PIB per capita, também é visto por alguns como um paraíso fiscal – oferece incentivos e benefícios fiscais, incluindo taxas muito baixas para a repatriação de capital.

Estas regalias atraíram as maiores empresas americanas do ramo, incluindo a Deep Space Industries e a Planetary Resources. Esta última tem financiamentos do empresário Richard Branson, do grupo Virgin, e de um dos fundadores do Google, Larry Page.

O Luxemburgo lançou em 2016 o SpaceResources.lu, um programa ambicioso que pretende fomentar atividades económicas no âmbito do Espaço e, mais concretamente, na exploração de matérias espaciais. “No início, achámos que estávamos a entrar num pequeno nicho, mas, com o passar dos anos, demos conta de que este mercado está no centro de uma grande cadeia de valor”, explica Mathias Link, responsável do programa.

Além do turismo espacial, cerca de 16 mil asteróides que orbitam próximos à Terra também estão na mira das empresas. A quantidade de minerais (sobretudo ouro e platina) desses corpos celestes é tamanha que a sua exploração poderia levar ao surgimento do primeiro trilionário do mundo. Os recursos naturais espaciais como a água e alguns minerais podem ser utilizados como combustível ou componente das infraestruturas espaciais e reduzir igualmente o custo das missões. Na Terra, os elementos podem ser utilizados para a indústria automobilística, medicina, ou componentes elétricos.

Estima-se que nos próximos 30 anos a exploração de recursos naturais no espaço irá gerar receitas até 170 mil milhões de euros.





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