Cool Haven, a empresa de Coimbra que constrói casas económicas, ecológicas e… depois muda-as de sítio (com vídeo)



Fundada em 2009, a Cool Haven é uma empresa de Coimbra que se especializou em construir – e desconstruir – casas. A empresa diz que criou um novo conceito de casa, mais “resistente, económica e ecológica”, de construção rápida e com uma versatilidade que lhe permite alterar a dimensão – para o caso do número de residentes aumentar ou diminuir – e até ser mudada de local.

Não estamos a falar de ficção científica. A empresa está instalada no parque tecnológico de Coimbra, o iParque, e já tem algumas encomendas de França e Portugal. “O novo modelo construtivo não é comparável a uma casa pré-frabricada, uma vez que [tem uma resistência, longevidade] e versatilidade muito maior”, explicou à Lusa o co-fundador e administrador da empresa, Joaquim Rodrigues (na foto).

A Cool Haven diz que as suas casas aliam a modularidade à eco-sustentabilidade, novos sistemas de automação e domótica. A empresa candidatou-se ao QREN, em 2009, tendo recebido um investimento de €1,08 milhões.

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A empresa tem ainda uma parceria com a Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, com a qual está a desenvolver um projecto de habitação modular e eco-sustentável baseadas numa necessidade urgente de habitações – moradias unifamiliares ou multifamiliares – que se adaptem às exigências modernas de conforto, economia e sustentabilidade.

Segundo Joaquim Rodrigues, este é um conceito que faz lembrar as construções Lego. As casas da Cool Haven podem, de um momento para o outro, ganharem mais divisões – caso nasça um filho – ou dividirem-se, em caso de divórcio. É que uma parte da casa poderá manter-se no local onde foi construída, enquanto a outra será transportada e reconstruída noutro local.

Outros dos benefícios é o tempo de construção: cerca de 150 metros quadrados demoram um mês a serem construídos.

Além da versatilidade, explica Joaquim Rodrigues, a Cool Haven é também “uma casa inteligente”, podendo dispor das mais recentes tecnologias de domótica, desenvolvidas, tal como outras soluções, através de parcerias com empresas e estabelecimentos de ensino e investigação, portugueses e estrangeiros, como a Universidade de Coimbra, no seio da qual o projeto foi iniciado.

A casa pode aproveitar energias renováveis, desde a solar à geotérmica, e dispor de um sistema de recuperação das águas das chuvas. “Pretendemos, não só na manutenção mas também no fabrico, construção e instalação, produzir zero de CO2”, salienta Joaquim Rodrigues.

O preço da casa Cool Haven – “a partir de valores da ordem dos €700 por metro quadrado” – varia em função das suas dimensões, equipamentos e acabamentos.

França é, para já, o mercado prioritário da Cool Haven. “É um país equilibrado e com normas muito sólidas” e se as casas Cool Haven responderem às exigências ali impostas, ficarão “muito bem colocadas para enfrentar qualquer mercado”, acredita Joaquim Rodrigues.





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