Copenhaga proíbe funcionários de voarem na Ryanair por “dumping social” da transportadora aérea



O presidente da câmara de Copenhaga, Frank Jensen, proibiu todos os 45.000 funcionários da cidade de voarem pela Ryanair quando estiverem ao serviço da capital dinamarquesa, devido aos alegados salários baixos e más condições de trabalho da empresa.

Segundo o Mail Online, a proibição mantém-se mesmo quando os bilhetes da companhia aérea irlandesa forem os mais baratos. “A cidade de Copenhaga não aceita o dumping social”, explicou Jensen no Facebook. “Assim, não utilizamos empresas como a Ryanair ou outras que não ofereçam aos empregados salários dignos e condições de trabalho adequadas”.

Antes, no jornal dinamarquês Berlingske, Jensen tinha explicado a decisão. “Em Copenhaga lutámos muito para desencorajar o dumping social. As nossas regras impedem-nos de contratar ou comprar produtos de fornecedores que não paguem salários condignos”, revelou.

Em declarações ao Mail Online, Robin Kiely, da Ryanair, explicou que os pilotos e tripulação da Ryanair têm “salários altos, segurança laboral e um contrato de trabalho colectivo” com a empresa.

Segundo o responsável, este apelo de Jensen está relacionado com o facto de a transportadora preferida da cidade, a SAS, ser detida, em parte, pelo Governo dinamarquês. “A Ryanair está a garantir turismo, tráfego e empregos para a economia dinamarquesa, enquanto a SAS está a reduzir vôos, fechar rotas, cortar nas pensões, salários e empregos”, continuou Kiely. “Que modelo prefere o mayor Jensen: o da redução de empregos da SAS ou crescimento da Ryanair?”

A transportadora aérea low cost chegou em Março ao território dinamarquês e, segundo o Mail Online, tem sido banida por outros municípios dinamarqueses.

Foto: Dirk Vorderstraße / Creative Commons





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