Costa Rica vai fechar os zoos e libertar os animais em cativeiro



O que falta à Costa Rica em tamanho é compensado em riqueza de biodiversidade. Apesar de ocuparem apenas 0,03% da superfície do planeta, as florestas exuberantes da região servem de lar a 500 mil organismos únicos – que representam mais de 4% de todas as espécies conhecidas na Terra.

Para as centenas de animais mantidos em cativeiro nos jardins zoológicos do país, no entanto, esta realidade tem sido substituída pelos limites de uma jaula. Mas, de modo a restaurar a ordem natural das coisas, o governo da Costa Rica anunciou os planos de encerrar os seus zoos, libertando os animais sujeitos a cativeiro.

De acordo com o Treehugger, os encerramentos entrarão em vigor em Março de 2014, altura em que termina o contrato do governo com a organização que opera os dois jardins zoológicos do país. As instalações que agora albergam os animais, o Simon Bolivar Zoo e o Santa Ana Conservation Center, serão então transformados em parques urbanos ou jardins.

Quanto aos muitos pássaros, mamíferos, répteis e insectos aí alojados, o governo está a trabalhar para lhes arranjar casas mais apropriadas. Crê-se que muitos desses animais poderão ser recolocados nas vastas reservas florestais do país, sendo que aqueles que não podem ser libertados seguirão para santuários de vida selvagem e centros de resgate.

No início deste ano, a Índia tornou-se no maior país do mundo a proibir a exploração de golfinhos, juntando-se à Costa Rica, à Hungria e ao Chile. Já nos Estados Unidos, manter chimpanzés em cativeiro tornar-se-á em breve numa acção estritamente limitada.

O encerramento de zoos noutras partes do mundo parece algo ainda muito distante. Mesmo assim, pode já estar em curso uma mudança de paradigma acerca do respeito pela natureza e não dominação sobre ela.





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