Cultivo do tabaco põe em risco a biodiversidade, indica relatório da OMS



A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou recentemente um relatório acerca da produção e comércio de tabaco em África. Os dados apontam que as  plantações de tabaco no continente têm vindo a aumentar cada vez mais, sobretudo devido às fracas políticas de regulamentação. Por outro lado, a OMS aponta para  um forte marketing da indústria de tabaco, que está a potenciar o crescimento do consumo.

Entre 2012 e 2018 deu-se um aumento de 3,40% da área de cultivo de tabaco em África, sendo que em 2018, 3.4 milhões de hectares foram utilizados para estas plantações. No mesmo período, deu-se um aumento de 10,6% na quantidade de produção. A África Oriental é a parte do continente onde existe a maior produção (90.43%).

No relatório é ainda apontado o facto da produção de tabaco por em risco as comunidades de diferentes formas, desde a nível económico, onde os contratos prejudicam os agricultores que ficam presos a um ciclo de dívidas sem conseguir obter um preço justo pela sua produção; a nível de saúde, em que a exposição à planta provoca vários riscos entre eles a doença da folha verde do tabaco; e a nível ambiental, em que prejudica as terras, a biodiversidade e promove a desflorestação.

“A epidemia do tabaco é um dos maiores desafios de saúde pública que o mundo enfrenta e já enfrentou, matando mais de 8 milhões de pessoas em todo o mundo todos os anos” aponta a OMS, sublinhando a importância de existirem dados concretos que permitam não só combater o consumo, tal como dar outras alternativas económicas para estes trabalhadores.





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