Degelo no Planeta: No período de 23 anos foram perdidos 28 triliões de toneladas



O aquecimento global está a criar mudanças cada vez mais difíceis de reverter a curto-prazo. Os polos da Terra, onde se registam baixas temperaturas e grandes quantidades de gelo, são uns dos locais mais prejudicados e onde melhor se observa a forte aceleração das alterações climáticas.

Um estudo da Universidade de Leeds, no Reino Unido, veio agora estimar uma perda de 28 triliões de toneladas (Tt) de gelo no Planeta entre 1994 e 2017. Dentro dessa quantia, as perdas dividem-se por diferentes locais: 7,6 Tt correspondem ao gelo do mar Ártico, 6,5 Tt a plataformas de gelo, 6,1 Tt a glaciares nas montanhas, 3,8 Tt na Gronelândia, 2,5 Tt de camadas de gelo e 0,9 Tt a gelo marinho na Antártida. O degelo corresponde a 58% no Hemisfério Norte e a 42% no Hemisfério Sul.

A investigação revela que houve uma perda de 65% do gelo durante o período em análise, de 23 anos, e destaca a Antártida e a Gronelândia como as regiões onde os efeitos mais se acentuaram. Os especialistas justificam este acontecimento devido às altas temperaturas e à subida do nível do mar.

A taxa de perda de gelo passou de 0,8 Tt anuais na década de 90, para 1,3 Tt em 2017. Thomas Slater, investigador no Centre for Polar Observation and Modelling, afirma que este é um dos “piores cenários do aquecimento climático”.

 





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