Depois do Vélib, Paris vai lançar o Autolib



Em Julho de 2007, o mayor parisiense Bertrand Delanoe lançou o Vélib, um programa de partilha de bicicletas que rapidamente se tornou num sucesso de massas.

A inspiração para este programa surgiu do sistema de partilha de bicicletas de Lyon – Velov – que por sua vez se baseou no pioneiro sistema de La Rochelle, posto em prática no distante ano de 1975.

O Vélib, que começou por pôr dez mil bicicletas nas ruas de Paris, é hoje o maior sistema de partilha de bicicletas do mundo, com 17 mil veículos, 1.200 estações – uma em cada 300 metros.

Agora, o mesmo mayor – Bertrand Delanoe – anunciou que vai lançar um sistema de car-sharing de veículos eléctricos, a que chamará de Autolib.

Há muito que se fala do lançamento de um sistema de car-sharing de veículos eléctricos em Paris – há pelo menos dois anos – mas parece que é desta que o ambicioso projecto vai para a frente.

Este programa vai “oferecer” carros eléctricos partilhados a quem subscrever o sistema, que estará disponível em várias estações de toda a cidade. E terá um grande benefício: estacionamento garantido.

De acordo com o semanário alemão Der Spiegel, o programa começará com três mil veículos distribuídos por 700 estações. A fase de teste decorrerá entre Junho e Agosto de 2011. Em Setembro, o programa deverá estar 100% operacional.

“Queremos que seja um grande sucesso”, explicou o mayor de Paris.

Assim, e a partir de Junho, os parisienses podem subscrever o Autolib por 15 euros por mês, pagando uma quantia adicional de cinco euros por cada meia hora de utilização.

Como já dissemos, uma das grandes vantagens do Autolib está nas suas 700 estações – e o correspondente estacionamento garantido. É que, como se sabe, Paris não é propriamente conhecida pelos lugares de estacionamento disponíveis.

O objectivo do programa? Retirar carros das congestionadas ruas parisienses, melhorando, no processo, a qualidade de ar da cidade.

No Verão de 2011, centenas de presidentes de Câmara passarão por Paris para ver perceber as vantagens deste esquema. No futuro, pode ser que o vejamos implementado noutras cidades europeias.





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