Desemprego jovem vai continuar a crescer até 2016



São más notícias para os estudantes, recém-licenciados ou jovens à procura dos primeiros empregos. O desemprego jovem vai continuar a crescer, globalmente, até 2016, à medida que a crise económica se alastra a novos países.

Quem o diz é a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que explica que 75 milhões de jovens – ou 12,7% da população entre os 15 e 24 anos – estará sem emprego este ano, uma percentagem acima dos 12,6% de desemprego jovem em 2011.

Estes números não estão longe dos 75,4 milhões de jovens desempregados em 2009 – no pico da crise financeira – e deverão continuar a crescer até 2016. Por outro lado, os jovens que têm prolongado os seus estudos – por causa da crise económica – começarão a entrar no mercado do trabalho, o que colocará uma pressão extra no mercado.

No estudo Global Emplyment Trends for Youth, publicado hoje, a OIT sugere benefícios fiscais e outros incentivos às empresas que contratem jovens, assim como mais e novos programas de empreendedorismo.

“O desemprego jovem pode ser vencido, mas apenas se a criação de emprego para a população jovem se torne uma prioridade dos decisores. E se o investimento no sector privado for significativo”, explicou o responsável pela área de emprego da OIT, Jose Manuel Salazar-Xirinachs.

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Mais de 27,9% dos jovens desempregados vive no Norte africano, o que foi tido como um dos motivos que levou à revolução da primavera árabe. Os números do Médio Oriente são ligeiramente inferiores: 26,5%.

Na Europa central e do sul, as taxas de desemprego jovem desceram ligeiramente, para os 17,6% em 2011, assim como na América Latina e Caraíbas, para os 14,3%. Finalmente, a taxa asiática manteve-se nos 13,5%.

“Mesmo na Ásia oriental, provavelmente a região global mais diânima economicamente, a taxa de desemprego jovem era 2.8 vezes a do adulto”, conclui o relatório.





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