Desenvolvimento sustentável: FAO pede sistemas alimentares mais responsáveis



A directora-geral adjunta das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Maria Helena Semedo, defende que o “futuro da agricultura dependerá de como serão abordadas as ameaças das alterações climáticas e da degradação ambiental”. Declaração realizada no encontro com diversos representantes governamentais, representantes da sociedade civil e do sector privado.

Neste encontro, Sinéad McPhilips, economista do Ministério da Agricultura irlandês, apresentou a iniciativa Origem Verde, que promove o aumento de exportações de alimentos e de bebidas produzidos de forma mais sustentável.

Segundo a especialista, nos últimos cinco anos a Irlanda conseguiu aumentar o valor da sua produção agrícola em mais de 50%, em grande parte devido ao Origem Verde. É que, durante este período, o Governo acordou com os agricultores, indústria e ONG, a maioria das estratégias agrícolas que serão revisitadas regularmente em função dos objectivos de cada sector, avança a EFE Verde.

Por seu lado, representantes do sector privado e da sociedade civil realçaram a necessidade dos esforços não se limitem a determinados países mas antes se estendam a nível global.

Alison Caims, responsável da Unilever, considera importante associar-se aos vários perfis de actores locais e que seja dada prioridade a produtos oriundos de países com políticas sustentáveis.

E David Bright, coordenador da Oxfam Internacional, defendeu que em economias de escala “o grande desafio do modelo agrícola está em garantir uma distribuição justa de custos, riscos e benefícios”, referindo que, em muitos casos, os pequenos agricultores, sobretudo as mulheres, continuam a ser marginalizados e que é fundamental que os governos unam esforços na gestão de recursos partilhados como a água ou o solo.

FOTO: International Maize and Wheat Improvement Center / Creative Commons





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