Destroçador de matos, o novo aliado do ambiente e economia portuguesa (com VÍDEO)



Chama-se destroçador de matos, é um pesado veículo e o seu nome deixa muito pouco à nossa imaginação: ele destrói o mato de forma a preservar o solo dos montados, não prejudicando os sobreiros.

Este destroçador substitui o trabalho feito através da gradagem e ajuda a controlar a vegetação. “Ele destroça o mato à superfície, sem interferir com o solo nem mineralizar a matéria orgânica, sem fazer com que se perca o carbono que está no solo”, explicou ao Economia Verde Tiago Domingos, da Terraprima.

Este processo é melhor para o solo, árvore e biodiversidade. O único problema é o seu custo. Por isso, a União da Floresta Mediterrânica (UNAC) desenvolveu um projecto para conservar e valorizar o solo.

A UNAC tem incentivado os agricultores a alterarem a forma como gerem os matos – em contrapartida, recebem do Fundo Português de Carbono uma contrapartida pelos serviços ambientais prestados.

“O valor é de €45 por hectare”, admitiu ao Economia Verde Pedro Silveira, da UNAC. “O que corresponde ao aumento dos seus custos”.

Portugal tem quase 730 mil hectares de sobreiro, cerca de 33% da área mundial. Se a prática da gradagem se mantivesse, muitas destas árvores iriam acabar por se perder – um prejuízo ambiental mas também económico, tendo em conta o que representa a cortiça para o PIB português e exportações do País.

No Alentejo, há provas de que um solo mais fértil e com um nível mais elevado de matéria orgânica evitará a morte de azinheiras e sobreiros. Mais de 400 agricultores já foram convencidos a optar por esta estratégia, como pode ver no episódio 303 do Economia Verde.

 





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