Dia Mundial da Terra: Como podem as empresas tornar-se mais sustentáveis e ciberseguras?



Embora os tópicos das alterações climáticas e da segurança cibernética pareçam mundos à parte, a realidade é que estão “profundamente interligados”. A interseção dos dois campos “é um domínio complexo e em rápida evolução, que exige a atenção das empresas através das indústrias e mercados”, considera a Check Point Software Technologies Ltd.

Com a aproximação do Dia Mundial da Terra (22 de Abril), o fornecedor de soluções de cibersegurança para empresas e governos a nível mundial, decidiu explorar pontos-chave relativos às alterações climáticas e à segurança cibernética e discutir as medidas que os líderes empresariais podem tomar para mitigar os riscos e construir um futuro mais seguro, sustentável e resiliente – tudo isto enquanto aborda os objetivos ambientais, de sustentabilidade e de governação (ESG).

As organizações que não conseguem integrar a segurança cibernética e os imperativos ambientais nas estratégias de ESG serão menos resilientes nos próximos anos.

Clima e Cibersegurança

 “As questões são multidimensionais e podem assumir uma variedade de padrões e formas que se podem multiplicar para uma infinidade de formas. Mas, vamos dar uma ideia de alguns desafios comuns da interseção das alterações climáticas e da segurança cibernética”, explica.

“Imaginemos que uma grande tempestade perturba uma entidade de infraestruturas críticas, danificando equipamento especializado com o qual centenas de milhares de clientes contam. Por sua vez, a empresa afetada pode precisar de reconstruir tecnologias, descarregar pedidos de serviços para locais adjacentes ou envolver-se noutras medidas de emergência. Um evento ambiental com este tipo de impacto apresenta um desafio de segurança diferente de qualquer outro”, sublinha.

Segundo a mesma fonte, as entidades infraestruturais que estão organizadas, que têm recursos e que mantêm fortes capacidades cibernéticas “podem ser capazes de navegar na instabilidade e em mudanças súbitas sem introduzir vulnerabilidades de segurança ou falhas temporárias de segurança”. Mas muitas organizações “lutariam para equilibrar a agilidade, um labirinto complexo de sistemas, tecnologias e processos de mudança e prestação de serviços”. Uma simples distração “poderia deixar a porta aberta a hackers”.

A empresa cita ainda um outro exemplo comum, de como as alterações climáticas e a cibersegurança se intersectam, como um evento climático extremo que possa perturbar uma cadeia de abastecimento, atrasando ou suspendendo o transporte ou distribuição de um produto. Quando há problemas cadeia de abastecimento, os cibercriminosos “podem facilmente entrar e interferir com software, adulterar informação ou roubar dados”, alerta.

Tornar as empresas mais sustentáveis

Para atenuar as questões de segurança cibernética extremas relacionadas com o clima, continua, “assegure-se de que a sua organização adere às seguintes práticas de cibersegurança”:

  1. Conduzir regularmente avaliações de risco: As avaliações de risco podem proporcionar às organizações visibilidade sobre potenciais ameaças relacionadas com o clima antes do acontecimento de um evento. Uma vez identificadas as possíveis ameaças, as organizações podem criar planos de resposta a incidentes e continuar os planos de negócios. Este tipo de recursos pode suavizar transições no meio de mudanças operacionais complicadas e imprevisíveis.
  2. Construir uma cultura de cibersegurança: Cultivar uma cultura de segurança cibernética através da promoção da consciencialização dos funcionários e partes interessadas para as ameaças relacionadas com o clima. A realização pode ser feita através de formação, campanhas de sensibilização e comunicações regulares.
  3. Criar planos de contingência: As organizações devem ter planos de contingência para se prepararem e responderem a potenciais perturbações e desastres relacionados com as alterações climáticas e a cibersegurança. É importante assegurar que a empresa adere às melhores práticas de backup de dados e que existem planos de resposta a incidentes, tanto em papel como em formato digital.
  4. Investir em tecnologia: As organizações devem investir em soluções de cibersegurança que possam enfrentar os riscos climáticos, melhorando ao mesmo tempo os ecossistemas tecnológicos. Por exemplo, as plataformas de inteligência de ameaças podem fornecer informação em tempo real sobre riscos climáticos em diversas regiões, ajudando as organizações a prepararem-se para potenciais perturbações.
  5. Promover a inovação: Explorar a utilização de tecnologias que possam automatizar os processos de cibersegurança e assim reduzir o risco de erro humano. Isto pode melhorar a postura geral de segurança cibernética da organização.

A interseção da cibersegurança com as alterações climáticas “é variada e complexa”. Ao assegurar a adesão às melhores práticas, as organizações “podem melhorar o seu desempenho e contribuir para um futuro mais sustentável e mais seguro – para si próprias e para todos os outros no ecossistema empresarial”.

Em última análise, as medidas e mitigações avançadas de segurança cibernética “podem abordar as alterações climáticas e criar melhores perspetivas e resultados para as pessoas e para o planeta em geral”, conclui.





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