Diabos-da-tasmânia voltam às florestas três mil anos depois da extinção



Agora, graças a um trabalho contínuo de reintrodução na natureza, 26 animais dessa espécie ameaçada de extinção estão de volta. Estes marsupiais, que são famosos pela sua ferocidade e poderosas mandíbulas, foram libertados entre julho e setembro deste ano – uma operação semelhante ao retorno dos lobos ao parque Nacional de Yellowstone, nos EUA. O programa, que começou em 2004, seguirá acompanhando de perto o desenvolvimento da espécie nas florestas da Austrália continental com câmaras e coleiras especiais.

Nos anos 1990, este marsupial noctívago, conhecido pelo forte cheiro que emite quando se sente ameaçado, começou a ser afetado por uma doença que se caracteriza por provocar tumores no focinho, fatal em quase todos os casos, que já acabou com 85% da população. A doença transmite-se através das mordeduras que acontecem quando os animais lutam ou acasalam e que provoca tumores no focinho que os impedem de comer, acabando por morrer de fome.

O investigador Rodrigo Hamede, da Universidade da Tasmânia, afirmou à France Presse que há animais que contraíram a doença, mas que conseguiram curar-se, enquanto outros não ficaram doentes. “O risco de extinção continua a existir” ressalvou Chris Coupland, do santuário de Cradle Mountain, observando que a população não pode cair abaixo dos 10 mil animais. O ciclo reprodutivo dos diabos está a acelerar, com cios anuais em vez de bianuais, como costuma acontecer, e os animais chegam à idade reprodutiva mais cedo.





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