Dinamarca quer livrar-se dos combustíveis fósseis em 2050



O Governo dinamarquês prevê que em 2050 aquele País deixe de ser dependente dos combustíveis fósseis, segundo um relatório publicado no Green Futures.

Segundo a Comissão do Clima do Governo dinamarquês, citada pelo Green Futures, esta transição poderá implicar um investimento de apenas 2,1 mil milhões de euros. Um estudo realista ou pura ficção?

De acordo com o relatório, o investimento nesta transição energética será relativamente barato porque o preço dos combustíveis fósseis continuará a aumentar durante as próximas quatro décadas, enquanto as energias renováveis passarão a ser relativamente baratas.

Este aumento dos combustíveis fósseis, adianta o relatório, não surgirá apenas por factores externos. O Governo dinamarquês prevê o “aumento substancial” dos impostos sobre os combustíveis fósseis nas próximas décadas, sobretudo até 2030.

Esta Comissão do Clima é formada por cientistas independentes e especialistas da OCDE e foi criada pelo Governo dinamarquês há dois anos para averiguar o que é necessário para criar uma economia que não consuma combustíveis fósseis e que seja capaz de alcançar uma redução de 95% das emissões de gases com efeito de estufa em 2050.

Ainda segundo esta comissão, acabar com os combustíveis fósseis e mudar para a energia eólica e biomassa implicará a redução das emissões em 75% em comparação com os níveis de 1990.

Para tal, a maioria da tecnologia necessária já existe, está disponível e inclui redes inteligentes de distribuição e novas ligações internacionais que permitam exportar a energia eólica em caso de excedente – e importar a electricidade quando não houver vento.

Para chegar a níveis maiores de redução das emissões são necessárias alterações mais complexas noutros sectores da economia, sobretudo o da agricultura, avança ainda a comissão.

“[O Governo vai apresentar uma estratégia sobre] como deveremos ser completamente independentes dos combustíveis fósseis. Um plano de transição semelhante afectará todos os sectores da sociedade e todos os aspectos da política”, reagiu o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen.

“Estamos a enfrentar uma altura de decisões difíceis de adoptar. Não é um objectivo que possa conseguir-se de um dia para o outro, mas sabemos o que precisamos para iniciar o caminho”, revelou Lars Lokke Rasmussen.





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