Dinamarca vai construir duas ilhas “energéticas” e avança com compromisso de uma taxa “verde”
O parlamento dinamarquês aprovou esta segunda-feira, 22 de junho, um pacote climático para reduzir as suas emissões de CO2 em 3,4 milhões de toneladas.
Este pacote inclui a construção de duas ilhas artificiais de “energia” e o compromisso de formular uma taxa “verde”.
O plano traçado segue o acordo alcançado no final do ano quase todos os partidos no parlamento dinamarquês, para aprovar uma lei climática que visa reduzir as emissões de gases poluentes em 70% em 2030 em comparação com os níveis de 1990, o que equivale a reduzir 19 milhões de toneladas de CO2.
Uma das duas ilhas é a ilha de Bornholm, no Mar Báltico, que foi selecionada para distribuir 2 GW de energia. A outra será uma estrutura artificial no Mar do Norte, com capacidade para 3 GW e pelo menos 10 GW a longo prazo.
O parlamento também deu luz verde ao desenvolvimento de um projeto eólico offshore na zona de Hesselo, na área de Kattegat, entre a Dinamarca e a Suécia. O projeto, o segundo de três esquemas eólicos offshore previstos no Acordo de Energia de 2018, está previsto para ser ligado até 2027.
O governo, os seus aliados e quase toda a oposição concordam em especificar nos próximos orçamentos, a serem negociados no outono, uma taxa de emissão de CO2, que deve levar em conta o “desenvolvimento industrial sustentável e a competitividade” das empresas, avançou a Agência EFE.
A possibilidade de subsídios para eletrificação e melhoria da eficácia energética, assim como incentivos fiscais para o uso de energia limpa no aquecimento são outros elementos incluídos no plano.
O ministro do Clima da Dinamarca, Dan Jørgensen, indicou que a Dinamarca mais uma vez assume a “liderança climática mundial” com o acordo, enquanto várias organizações ambientais criticam que o “imposto verde” ainda não está implementado.