Dinossauros podem não ter corrido tão depressa como se pensava



Durante décadas, os paleontólogos utilizaram pegadas fósseis para estimar a velocidade dos dinossauros. Mas agora, cientistas britânicos testaram esta ideia com uma galinha-d’angola que caminhava e corria sobre lama macia, e descobriram que as velocidades calculadas a partir das suas pegadas não correspondiam às suas velocidades reais.

“Fizemos com que as galinhas-d’angola andassem e corressem sobre lama macia, registando-as com vídeo de alta velocidade. Depois aplicámos as equações de velocidade às suas pegadas, tal como seria feito com os fósseis. Infelizmente, as velocidades calculadas não corresponderam às velocidades reais”, sublinham citados em comunicado.

Os autores dizem que pode ser que a lama macia tenha afetado a forma como as aves deram os seus passos, mas as pegadas só podem ser feitas em solo macio como a lama, pelo que é improvável que as verdadeiras pegadas de dinossauros sejam imunes a estes efeitos. A estimativa da velocidade a partir dos rastos é atualmente imprecisa e potencialmente enganadora.

“É possível que a lama macia afete a forma como as aves dão os passos, distorcendo as equações. Mas os rastos só podem ser feitos em substratos moles, pelo que é improvável que as pistas reais dos dinossauros sejam imunes a estes efeitos. Estimar a velocidade a partir de pegadas é atualmente impreciso e potencialmente enganador”, concluem.






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