Disney vai recusar papel proveniente de florestas ameaçadas



A multinacional Disney anunciou uma nova política de recursos que irá eliminar o papel proveniente da destruição de florestas tropicais, nomeadamente na Indonésia, onde cerca de 1 milhão de hectares são destruídos por ano pela indústria de papel e celulose.

Esta política está a ser desenvolvida em parceria com a Rainforest Action Network (RAN) e aplica-se a todos os aspectos das operações directas da empresa, nos seus canais de media, parques temáticos, navios da cruzeiro, embalagens, papel de impressão e fotocópia e, claro, os conceituados livros.

Mas há mais: a empresa vai exigir a mesma política para os cerca de 3.700 licenciados que usam as personagens Disney em toda a sua cadeia da fornecedores. Será uma revolução sustentável e, diga-se, mais em conta com as próprias histórias e argumentos criados pela Disney.

De acordo com a multinacional, serão mais de 25 mil fábricas em mais de 100 países – 100 mil delas na China.

“A política do papel é um exemplo de como a Disney conduz os seus negócios de forma responsável, quer ambiental quer socialmente, e demonstra o compromisso da empresa em criar um impacto duradouro e positivo em ecossistemas e comunidades no mundo,”  explicou Beth Stevens, vice-presidente de cidadania corporativa, ambiental e de conservação do grupo.

A empresa quer minimizar o consumo de papel, eliminar os produtos que contenham fibras obtidas irresponsavelmente e maximizar o material reciclado e obtido em operações certificadas pelo Conselho de Governança das Florestas.

A Disney vai parar de comprar à Asia Pulp and Paper e à Asia Pacific Resources International Holdings (APRIL), responsáveis pela maior parte da destruição das florestas da Indonésia.

Recorde como o papel higiénico utilizado nos Estados Unidos está a desflorestar a Indonésia.

“A Indonésia tem uma das mais altas taxas de desflorestação do mundo, devido em parte a gigantes como estas duas,” disse ao Sustainable Business Lafcadio Cortesi, director para a Ásia da RAN. Para fazer produtos descartáveis, as florestas estão a ser eliminadas e o País tornou-se num grande emissor de gases estufa, logo atrás da China.





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