Diversidade de formas das flores promove maior diversidade de polinizadores nas cidades



Um pouco por todo o mundo, está-se a tentar recuperar a Natureza perdida nas cidades, a criar espaços verdes mais selvagens e sustentáveis e a procurar um maior equilíbrio entre o urbano e o natural.

Para isso, é preciso saber o que plantar e prestar mais atenção a questões funcionais e de relação entre polinizador e planta, e ir além de aspetos meramente estéticos.

Um grupo de investigadores da Universidade Concordia, no Canadá, descobriu que quanto mais variadas forem as formas das corolas das flores – estruturas formadas pela terminação das pétalas no centro da flor onde geralmente está o néctar – mais diversificada será também a população de abelhas selvagens que visitam e vivem nesses espaços verdes urbanos.

Os cientistas explicam, num artigo publicado na revista ‘Ecological Applications’, que plantas com flor e polinizadores evoluíram, muitos deles, em conjunto, com as plantas a adaptar as suas formas aos corpos, estruturas bocais e preferências dos animais que se alimentam do seu néctar e que ajudam na sua polinização.

Por exemplo, abelhas com probóscides (espécie de boca em forma de tubo) mais longas conseguem aceder ao néctar de flores cujas corolas formam concavidades mais fundas, que abelhas com probóscides mais curtas não conseguem alcançar.

Por isso, quanto mais tipos de plantas houver, com diferentes formas, maior será a probabilidade de esse espaço conseguir manter várias espécies de abelhas.

“Assim, quer uma abelha tenha uma probóscide curta ou mais longa, conseguirá obter os nutrientes de que precisa se houver flores com vários tipos de morfologia nas proximidades”, diz, em comunicado, Carly Ziter, uma das autoras do artigo.





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...