Edimburgo prepara-se para receber habitações flutuantes e sustentáveis (com FOTOS)
Há muito que as casas flutuantes tomaram conta de algumas cidades holandesas, com mais ou menos polémica, e esse fenómeno está agora a chegar ao Reino Unido. Depois de Londres, Liverpool e Glasgow, as casas-barco chegarão à capital escocesa, Edimburgo, mas com uma grande novidade: elas serão muito mais baratas que as tradicionais e socorrem-se da energia solar para serem praticamente auto-sustentáveis.
O projecto está a ser desenvolvido pela SRT EcoBuild, que quer criar uma comunidade de casa flutuantes nos canais de Leith. Trata-se de casas modestas – dois quartos – e baratas, alimentadas por energia solar.
“A nossa visão é criar casas energeticamente eficientes, que emitam pouco CO2, em terra ou na água. Os canais do Leith são, a nosso ver, um dos sítios mais atractivos para este projecto”, explicou Tom King, director-geral da SRT EcoBuild, ao Scotsman. Esta construção enquadra-se num projecto global de rejuvenescimento e reconstrução destes bairros antigos e zonas comerciais.
Para além de energia solar, as casas terão também bombas de ar quente e irão armazenar a água da (imensa) chuva. Assim, as casas são praticamente auto-suficientes, de acordo com King. Para minimizar o impacto da construção no ambiente local, elas serão desenvolvidas noutro sítio.
Segundo informações recolhidas por outro jornal da região, o Edinburgh News, cada casa poderá custar cerca de €112 mil (R$ 335 mil). Uma casa com as mesmas características, nesta cidade, custa entre €180 mil (R$ 530 mil) e €240 mil (R$ 705 mil).
O director-geral da SRT EcoBuild espera ter a primeira casa pronta até ao final do ano. E garantiu que, se o projecto se concretizar, ele próprio comprará uma casa flutuante e lá morará.
Em Liverpool e Glasgow, as comunidades flutuantes serão colocadas em áreas pós-industriais. Será esta uma boa solução de reabilitação urbana, ou estaremos apenas a sobrepovoar cidades e colocar uma maior pressão nos recursos naturais disponíveis? E será que Lisboa poderia aderir a esta nova moda?