Em apenas 30 anos, 25% da população de insectos desapareceu. E não são boas notícias
Os insetos são uma espécie animal muito importante para o Planeta e para os ecossistemas, sendo parte essencial na reprodução das plantas através da polinização, e também para a cadeia alimentar, servindo de alimento e até produzindo algum para o ser humano.
Um estudo publicado na revista científica The Sciencie revela que nos últimos trinta anos, desde 1990, o número de insetos diminuiu a 25%. Os cientistas reuniram dados de mais de 1600 websites de todo o mundo, entre 1925 e 2018, e concluíram que os insectos que vivem na terra estão a ter maior decréscimo na sua população, cerca de 0,92% anualmente. É o caso das borboletas, das formigas e dos gafanhotos. O estudo refere também, que no mesmo espaço de tempo, o número de abelhas diminuiu em 45%.
Roel van Klink, cientista no Centro Alemão Integrative Biodiversity Research (iDiv) explica “0,92% pode não parecer muito, mas na realidade isso significa uma redução de 24% em 30 anos, e 50% em 75 anos.”
Os investigadores chamam à redução de insetos voadores “fenómeno pára-brisas”, pelo facto de muitos serem esmagados pelos nossos carros em circulação. Atualmente, regista-se uma redução desta espécie a 76%, e cada vez mais, é possível verificar a sua concentração apenas em zonas verdes e áreas rurais.
Os cientistas alertam para o facto destes números só se conseguirem observar a longo prazo. Na Europa tem se verificado uma grande diminuição desde 2005, e a investigação destaca a Alemanha como um dos principais exemplos do acontecimento. Porém, a maior redução foi nos Estados Unidos da América.
Este fenómeno é alarmante para a biodiversidade do planeta. O ser humano é o seu principal inimigo, não só por destruir constantemente os seus habitats, como pelo recurso a pesticidas. No entanto, nem tudo são más notícias: os esforços reunidos por preservar a água, nomeadamente as bacias hidrográficas, levam a que o número de insetos de água doce, como as moscas, continuem a aumentar.