Empreendedores alemães lançam o primeiro preservativo ético e sustentável do mundo



Um grupo de empreendedores alemães está a preparar o primeiro preservativo ético e sustentável do mundo, de acordo com o Guardian. A marca chama-se Einhorn, encontra-se decorada com unicórnios e lançou no início do mês o seu “chamamento” via crowdfundig – um verdadeiro sucesso: nas primeiras 48 horas conseguiu os €50.000 (R$ 157.000) pedidos aos cidadãos.

Os Einhorn têm uma embalagem semelhante a um pacote de batatas fritas, são transparentes e vêm em dois tamanhos. O produto está disponível para encomenda semanal – sete pacotes – ou anual – 52 pacotes. Pode fazê-lo aqui.

De acordo com o Guardian, os fundadores do Einhorn pouco sabiam sobre preservativos quando iniciaram o projecto. “Não tínhamos a noção do que estávamos a fazer, mas trabalhámos com uma universidade alemã que é especialista na produção sustentável de borracha. Primeiro vamos à Malásia com cientistas alemães, para ver as plantações. Depois testamos o solo, analisamos e tentamos melhorar o processo – e isso inclui a garantia de que os trabalhadores ganham, pelo menos, um salário mínimo”, explicou Waldemar Zeiler ao site britânico.

Segundo Zeiler, os preservativos Einhorn são hoje 10% sustentáveis. No entanto, esta percentagem deverá subir para os 80 a 90% em cinco anos. “Sempre que nos tornarmos mais sustentáveis vamos colocá-lo online, para todos seguirem [a nossa evolução]”, explicou. “Mas não vamos dizer que somos 100% comércio justo, coisas dessas… isso é tudo treta e as pessoas precisam de o saber”.

Os responsáveis da Einhorn – que quer dizer unicórnio em alemão – pretendem que o seu modelo de negócio seja baseado na informação e transparência. Hoje, eles fabricam e vendem preservativos, mas outros produtos poderão chegar ao mercado. “Fartámo-nos de queixar sobre produtos feios, insustentáveis e inimigos do ambiente, por isso decidimos criar um [produto diferente]: melhor para nós, sexy e porreiro”, explicou Zeiler.

O mercado dos preservativos vale €100 milhões (R$ 315 milhões) na Alemanha e, globalmente, chegará aos €4,8 mil milhões (R$ 15,3 mil milhões) este ano. Apesar de serem um produto e não uma indústria, as margens dos preservativos são idênticas às da Coca-Cola: custam poucos cêntimos a produzir e são vendidos entre €0,60 (R$ 1,8) e €2 (R$ 6,3).

Foto: MIKI Yoshihito / Creative Commons





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...