Empreendedores levam energia limpa para o Quénia com tecnologia do MIT



Tom Osborn, empreendedor de Awendo, Quénia, desenvolveu briquetes de carvão limpo a partir de resíduos de cana-de-açúcar. Tudo começou quando o empreendedor queniano se apercebeu, ao longo da sua vida, dos malefícios gerados pelo carvão, quer pela deflorestação criada quer pelo fumo inalado pelos milhares de quenianos aquando da preparação das suas refeições. Percepção que o levou a desenvolver o seu projecto: criar briquetes de carvão a partir de resíduos de cana de açúcar.

A ideia de Tom Osborn valeu-lhe, em 2013, um prémio de inovação no valor de €2.600 e novos parceiros. Numa primeira fase, a Osborn juntou-se- Oluoch, um colega de escola, com quem criou a empresa de produção de briquetes de carvão produzidos com resíduos de cana-de-açúcar para doméstico e industrial. Um pouco mais tarde é a vez de Yina Sun, estudante da Universidade de Chapel Hill, Norte da Califórnia, se juntar aos dois empreendedores.

A empresa cresceu rapidamente e após 18 meses, com 10 colaboradores a tempo inteiro e 15 comerciais a tempo parcial, leva os seus produtos a 3.000 casas e a 20 empresas. Sucesso que se pode constatar nas 130 toneladas de brinquetes vendidos desde Fevereiro de 2015.

Com um investimento de cerca de €187.000 e receitas na ordem de €35.000, Osborn tem vendido o seu produto para projectos-piloto em áreas rurais no sudoeste do país e em duas favelas em Nairobi. O produto para uso doméstico é vendido em quiosques geridos pelos habitantes locais, o que contribui para o aumento de emprego local.

A maioria dos quenianos usa carvão ou lenha nos seus fogões e Osborn diz que os seus briquetes são melhores e mais baratos. O quilo do briquete que este produz custa €0,27, enquanto o carvão tradicional ou lenha chega aos €0,45. Aliadas ao preço, o empreendedor apresenta ainda como vantagens dos seus briquetes o processo de queima ser mais longo e mais seguro

O produto distribuído pela empresa queniana é uma adaptação de uma tecnologia do MIT, avança o Quartz África.

Foto: Practical Action / Creative Commons





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