Energia: Consumo Final caíu 10,5% face a 2019, mas o setor doméstico aumentou 18,5%



A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) analisou a tendência dos efeitos do surto pandémico no consumo energético nacional, a nível de gás natural, eletricidade e principais produtos de petróleo.

A publicação “Estimativas rápidas de consumo energético” expõe os dados de julho de 2020, comparando-os ao mesmo período de 2019. Foi possível identificar uma queda nos sete primeiros meses do ano de 10,5%, relativamente ao consumo final de energia (CFE).

No mês de julho, em comparação a 2019, “estima-se que as quebras verificadas nos consumos (em teor energético) de eletricidade, gás natural e derivados do petróleo tenham sido na ordem de grandeza de 4%, 10% e 17% respetivamente”.

Relativamente à energia elétrica, no setor doméstico revelou-se um aumento do consumo de 18,5%, derivado do teletrabalho e do regime em layoff, tal como das famílias passarem mais tempo em casa. Por sua vez, o setor de serviços foi o mais afetado, com uma redução de 13%, seguido do setor de transportes com um decréscimo de 9%, e da indústria, com menos 2,3%.

Quanto ao gás natural, destaca-se uma situação idêntica, com uma redução de 18% no setor de serviços, e um aumento de 19% no domicílio.

Já nos derivados de petróleo, identifica-se em simultâneo uma redução geral, com destaque para o consumo de jet na aviação que “teve a maior quebra no consumo de derivados do petróleo, atingindo 75,9%.” Também o “abastecimento de navios afetos ao transporte de passageiros e mercadorias, teve uma redução de 32,2%.”

A DGEG afirma que ao contrário dos restantes setores, no setor agrícola, “não se considerou qualquer impacto da COVID-19, , no consumo energético”, “mantendo-se a tendência evolutiva que vinha de períodos anteriores”.





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