Energia das ondas ainda é cara, pouco eficaz e sem resultados



A energia das ondas ainda é considerada uma tecnologia pouco eficaz, de cara manutenção e sem resultados comerciais visíveis.

Esta conclusão foi revelada por vários especialistas que participaram numa conferência sobre Energia do Mar promovida pelo Diário Económico e pelo jornal espanhol Expansión. A conferência realizou-se ontem, em Madrid.

“As empresas que investem em energia do mar são vistas como loucas”, explicou durante o encontro o presidente da Associação de Produtores de Energias Renováveis espanhola, Roberto Legaz.

Para que as empresas sejam bem sucedidas são necessários mais equipamentos dentro de água e financiamento dos Governos dos diferentes países que possam ou queiram investir nesta energia – como Portugal.

Neste momento, de acordo com especialistas presentes na conferência, existem apenas 20 dispositivos dentro de água em todo o mundo, um número que preocupa a Agência Internacional de Energia (AIE). “Não é um bom número se queremos levar esta tecnologia mais longe. Não há equipamentos suficientes dentro de água”, explicou o responsável pela energia oceânica da AIE, John Huckberby.

Para colocar mais dispositivos dentro de água é necessário convencer a Comissão Europeia de que esta indústria precisa de 850 milhões de euros, até 2020, para financiar os projectos demonstrativos. Estes projectos, de resto, ainda não serão comerciais, do ponto de vista da rentabilidade, no curto prazo.

“[É preciso que] as empresas partilhem informação. Esta é uma das áreas mais inventivas e pouco concretizadas [das renováveis]”, explicou, por sua vez, José Luís villate Martínez, da Associação Europeia pela Energia Oceânica.

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De acordo com a Associação Europeia de Energia Oceânica, em 2050 cerca de 15% da oferta de electricidade será proveniente da energia do mar, sector que criará 470 mil novos postos de trabalho nos próximos 40 anos.

Daqui a nove anos – 2020 – o objectivo é menos ambicioso e passa por ter 1% da oferta de electricidade com origens marítimas. Será que chegamos lá?





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