Engenheiro de 26 anos planeia fazer energia solar durante a noite
Tons of Mirrors, uma empresa que visa tornar a energia solar mais barata e acessível, planeia fazer da luz solar um fenómeno de 24 horas. O CEO da empresa Ben Nowack, um inovador tecnológico com 26 anos, planeia instalar uma estrutura especial no espaço, incorporando grandes refletores que poderiam redirecionar a luz solar para painéis solares na Terra durante a noite.
“Hoje, com os painéis solares que existem, trata-se de uma indústria de 20 mil milhões de dólares por ano”, disse Nowack, citado pelo site “Inhabitat”. “O que estou a construir é maior do que o que qualquer dos mercados têm”. Se esta for a solução elétrica, e considerando que em 200 anos isto substitui os combustíveis fósseis, trata-se de um mercado de 17 triliões de dólares”.
Segundo a mesma fonte, a instalação ficaria localizada na Estação Espacial Internacional (ISS) para facilitar o acesso de 24 horas à energia solar. Ficaria no espaço enquanto refletia luz solar suficiente para a Terra para facilitar a captação de energia solar.
A ideia de refletores solares orbitais foi apresentada pela primeira vez em 1977. Desde então, muitos cientistas têm andado a “brincar” com a ideia.
Os investigadores da Universidade de Glasgow estão atualmente a trabalhar na tecnologia de refletor solar por satélite de grande escala, o que permitiria às grandes explorações solares terem acesso à luz solar durante a noite. Diz-se que os objetos refletores têm luz suficiente para substituir as luzes de rua até ao final deste ano.
Segundo o “Inhabitat”, a ideia inicial de Nowack era ter um tubo de vácuo infinitamente longo contendo espelhos direcionados para a luz solar no espaço. Contudo, teve de a rever devido aos recursos que exigiria. Agora considera que uma grande onda de partículas ou luz pode ser reduzida a um único feixe.
Embora a ideia seja boa, o investigador tem alguns desafios para superar: tentar baixar o custo, estabelecendo uma grande área no espaço necessário para a instalação e a angariação de fundos.
“É um enorme risco para a segurança nacional se a China tiver acesso à eletricidade 10 ou 100 vezes mais barata do que os EUA”, explicou, destacando os desafios geopolíticos da energia limpa barata para que se consiga avançar.