Eólicas: a aposta ganha da Dinamarca



A Dinamarca tem um objectivo que, para o resto dos países do globo, é altamente optimista: conseguir que, até 2020, 50% das suas necessidades energéticas provenham das renováveis. No entanto, é muito provável que esta estimativa seja alcançada e até ultrapassada. É que, só em energia eólica, o país nórdico alcançou 39% de toda a energia consumida no ano passado.

Os governantes dinamarqueses dizem que, em breve, 100% de toda a sua energia virá das renováveis – na verdade, o país deverá ser o primeiro do mundo a alcançá-lo. É verdade que a sua população é bastante pequena – apenas cinco milhões de pessoas – mas o esforço dedicado às infra-estruturas renováveis é antigo e não dá mostras de abrandar.

Segundo o Quartz, em Janeiro de 2014 o país produziu mais de 60% da sua energia através do vento. Na última década, por outro lado, a energia gerada pelo vento duplicou.

A economia dinamarquesa também ganha com o investimento. A Vestas, maior fabricante de turbinas eólicas, é dinamarquesa, e o vento é uma escolha óbvia no que toca ao tipo de renováveis em que investir.

Em termos absolutos, o país produz muito menos energia renováveis que a China, Alemanha, Estados Unidos, Espanha ou Índia. Mas também não precisa. A Alemanha, por exemplo, tem sete vezes a capacidade eólica da Dinamarca, mas nem sequer consegue levá-la a 10% da sua população.

Em termos globais, a verdadeira “estrela” da energia eólica é a China, que aumentou a sua capacidade em 50% nos últimos cinco anos. Mas, ao contrário da Dinamarca, que troca ou vende o excesso de energia que não pode usar imediatamente com os países vizinhos, mais de um quarto das infra-estruturas eólica chinesas nem sequer estão ligadas à rede.

Foto: Steve Sutherland / Creative Commons





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