Erupção vulcânica no Pacífico origina nova ilha



Um vulcão submarino localizado no conhecido monte Home Reef nas ilhas centrais de Tonga, despertou passados 16 anos, apontando sobre as águas e formando uma nova ilha. Foi no passado 10 de setembro que o evento lançou rochas, lava, fumo e cinzas no oceano a 25 km a sudeste da Ilha Late Island.

Segundo o “Science Alert”, lentamente, os materiais emitidos no decorrer da erupção, formaram uma nova ilha com cerca de 4000 m2 e atingindo uma altura de 10 metros em poucos dias. Dez dias depois, a 20 de setembro, os Serviços Geológicos de Tonga (TGS) informaram que a ilha havia aumentado seis vezes o seu tamanho, tendo atingido 24 000 m2. É muito provável que a nova ilha desapareça devido à ação erosiva do mar e do vento, ou que afunde.

A NASA divulgou no dia 14 de setembro imagens de satélite e dados do USGS, com a formação desta mais recente ilha, sendo visível uma intensa descoloração do oceano ao seu redor. Segundo a NASA, esta descoloração é provavelmente “resultado da água do mar ácida superaquecida, misturada com produtos piroclásticos”.

Segundo o TGS, a erupção apresenta baixos riscos para a aviação e para os habitantes de Vava’u and Ha’apai. Contudo, todos os marinheiros são aconselhados a navegar a mais de 4 km de distância de Home Reef. Desde o dia 25 de setembro que não foram observadas emissões vulcânicas.

Home Reef formou ilhas em cinco eventos eruptivos desde 1852

Segundo o Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos dos Açores, a última vez que Home Reef deu origem a uma nova ilha, em 2006, esta desapareceu em cerca de um ano, devido à erosão causada pelas ondas do mar. Este evento foi caracterizado pela formação de jangadas de pedra pomes no Pacífico Sul. Desde 1852, Home Reef formou ilhas em cinco eventos eruptivos, tendo algumas atingido 50 a 70 metros de altura. Em 1984, a ilha chegou formar uma pequena lagoa.

O monte submarino responsável por eventos de curta duração localiza-se no Oceano Pacífico, numa zona de subducção, Tonga-Kermadec, formada por algumas das estruturas tectónicas de convergência mais rápidas do mundo. Neste local, a placa do Pacífico está a deslizar rapidamente sob as placas Kermadec e Tonga, a uma taxa de cerca de 24 cm/ano, formando assim a segunda fossa mais profunda do mundo num arco vulcânico extremamente ativo. Esta cordilheira submarina, que se estende desde Tonga até Nova Zelândia, acomoda a maior densidade de vulcões submarinos encontrados em qualquer lugar do mundo.





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