Estados Unidos: Amputado sobe 103 andares com perna biónica controlada pelo cérebro



Zac Vawter, um norte-americano amputado de 31 anos, subiu esta semana os 103 andares da Willis Tower, em Chicago, com a ajuda de uma perna biónica controlada pelo cérebro.

Se subir a Willis Tower, um dos edifícios mais altos do mundo, é já por si um acontecimento assinalável para qualquer pessoa, no caso de Vawter o feito torna-se mais impressionante.

A lega biónica usada pelo cidadão norte-americano foi desenvolvida pelo Rehabilitation Institute do Center (RIC) da Bionic Medicine de Chicago, um instituto que, em 2005, já tinha desenvolvido um braço biónico controlado pelo cérebro.

“Uma das grandes diferenças [de utilizar esta perna biónica] foi conseguir subir degrau atrás de degrau como todas as outras pessoas. Com a minha prótese normal tinha de primeiro dar um passo com o meu pé bom, de depois arrastar a outra perna”, explicou Vawter.

Com a perna biónica, continuou o norte-americano, foi “simples”: “Subi as escadas como sempre fiz, consegui até subir dois degraus de cada vez”.

A tecnologia desenvolvida pelo RIC utiliza a Targeted Muscle Reinnervation (TMR) para reimplantar os nervos que estavam nos membros amputados, criando novos músculos e tecidos saudáveis e permitindo às informações neurais serem controladas por próteses computadorizadas de forma mais natural.

Assim, o utilizador só tem de pensar naquilo que quer que o seu braço faça. A tecnologia do braço biónico já foi utilizada em mais de 50 pacientes em todo o mundo, incluindo vários ex-veteranos de guerra norte-americanos, que perderam o braço em combate.

Com a perna biónica, a informação neural controla uma série de motores, cintos e cadeias que proporcionam movimentos suaves e sincronizados entre os tornozelos e joelhos.

Esta subida, feita por 3.000 pessoas, serviu também para angariar fundos para o instituto de Chicago. Vawter gastou 45 minutos para escalar os 103 andares do edifício.





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