Estados Unidos declaram 23 espécies como extintas



O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos da América (USFWS) decidiu propor a remoção de 23 espécies da lista da Lei de Espécies Ameaçadas (Endangered Species Act) devido ao facto de as considerar extintas. A lista engloba uma espécie de planta, uma espécie de morcego, duas espécies de peixes, oito espécies de bivalves e onze espécies de aves.

São elas:

  • Bivalves – Pleurobema marshalli; Epioblasma torulosa gubernaculum; Epioblasma othcaloogensis; Quadrula stapes; Epioblasma torulosa torulosa; Epioblasma turgidula ; Epioblasma metastriata e Epioblasma florentina florentina;
  • Aves – Vermivora bachmanii; Zosterops conspicillatus; Campephilus principalis; Hemignathus ellisianus; Hemignathus hanapepe; Moho braccatus; Myadestes myadestinus; Loxops ochraceus; Hemignathus affinis; Paroreomyza flammea Melamprosops phaeosoma;
  • Planta – Physostegia glabra var. lanaiensis
  • Peixes – Gambusia georgei e Noturus trautmani
  • Morcego – Pteropus tokudae

Endémicas do Havai, a ave Kauai nukupuu e a planta Phyllostegia glabra var. lanaiensis foram avistados pela última vez em 1899 e 1914, respetivamente, sendo por isso, entre as que compõem a lista, as que não são avistadas há mais tempo. A espécie que foi avistada mais recentemente, há 17 anos, foi a ave Po`ouli.

“Para as espécies hoje propostas para exclusão, as proteções da ESA chegaram tarde demais, com a maioria extinta, funcionalmente extinta ou em declínio acentuado no momento da listagem”, explica a agência em comunicado.

A principal razão para a extinção destas espécies é a ação humana, que provocou a perda de habitat, a introdução de espécies invasoras e a propagação de doenças. Para os especialistas, as alterações climáticas são também apontadas como um fator a ter em conta no futuro, dado que irão potenciar o risco de sobrevivência das espécies de fauna e flora.

“Com a mudança climática e a perda de área natural a empurrar cada vez mais espécies para o limite, está na hora de levantar esforços proativos, colaborativos e inovadores para salvar a vida selvagem da América. A Lei de Espécies Ameaçadas tem sido incrivelmente eficaz na prevenção da extinção de espécies e também inspirou ações para conservar espécies em risco e seu habitat antes que precisem de ser listadas como em perigo ou ameaçadas”, explica Deb Haaland da USFWS. “Continuaremos a garantir que os Estados, as tribos, os proprietários privados e as agências federais tenham as ferramentas de que precisam para conservar a biodiversidade e o património natural da América.”

Embora estas 23 tenham sido perdidas, muitas outras têm sido salvas. Atualmente, 54 espécies foram retiradas da lista devido à sua recuperação, 65 espécies deixaram de estar categorizadas como “ameaçadas de extinção” e 60 espécies estão em fase de avaliação, para descer de categoria ou serem retiradas da lista.





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