Estar hiperconectado não significa ser mais produtivo
O multitasking, favorecido pela tecnologia, não só pode comprometer a eficiência no trabalho como afecta a produtividade. Há pessoas hiperconectadas que se enredam em toneladas de informação deixando, a cada dia que passa, demasiadas tarefas por resolver.
Já se fala em “ladrões de tempo”, quando o assunto versa determinadas ferramentas tecnológicas, e esses ladrões têm nome, chamam-se: smartphones, internet, redes sociais e correio electrónico. As empresas sabem que alguns colaboradores podem aproveitar-se destes recursos tecnológicos para simular uma grande actividade, quando na verdade se entregam a assuntos “estranhos ao serviço”, mas agora também começam a sinalizar um outro perfil de funcionário: o workaholic hiperconectado.
Neste caso não se trata de alguém que usa a tecnologia para simular que trabalha. Na verdade a sua atitude é bem o oposto, no entanto em termos práticos o nível de produtividade que resulta de uma atividade constante mas dispersa por vários meios não é brilhante. Uma investigação levada a efeito em Oxford recentemente revelou que a disponibilidade de 24h por dia que a tecnologia permite resulta num factor de pressão para os profissionais hiperconectados. O mesmo estudo indica que a sobredosagem de informação que a hiperconectividade proporciona conduz à frustração destes profissionais, pois acabam por perder demasiado tempo com informação inútil.
Com claros reflexos na insatisfação com o trabalho, o excesso de conectividade também foi identificado como uma séria ameaça para a saúde dos utilizadores que usam tecnologia sem nunca “desligarem”.
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