Estarão as grandes marcas de roupa a dizer um adeus definitivo às peles de animais?



Armani, Calvin Klein, Hugo Boss e Ralph Lauren: já são cinco as grandes marcas de moda que, recentemente, anunciaram o fim definitivo do uso de peles de animais à venda nas suas lojas.

Em entrevista recente à revista The Economist, Donatella Versave, dona da gigante marca de moda italiana Versave, mostrou que o uso de peles já não faz sentido na sua marca. “Pele? Estou fora disso. Não quero matar animais para fazer moda”, afirmou Donatella.

Há, de facto, uma mudança a acontecer no mundo da moda, com uma crescente preocupação das grandes marcas em encontrar soluções criativas, sustentáveis e sem prejuízo para a biodiversidade. E os exemplos surgem quase diariamente: A Furla, conhecida marca de malas, anunciou recentemente que a partir de Novembro de 2018 não usará mais peles verdadeiras nos seus modelos.

Uma tomada de posição que começou em Novembro passado com a Gucci, gigante da moda italiana, a anunciar um leilão dos seus produtos feitos em pele verdadeira. O valor será doado a organizações de defesa animal, como a Humane Society of the United States (HSUS).

“Com este anúncio, a Gucci ajudará a mudar a forma como a indústria da moda de luxo considera animais”, defendeu PJ Smith, da HSUS, que acredita que esta medida terá forte impacto num sector tantas vezes associado à crueldade animal.

Também os governos de todo o mundo estão mais conscientes deste problema, com várias medidas a serem tomadas nos últimos tempos. Em Janeiro as autoridades da Noruega anunciaram que até 2025 todas as 340 fazendas de pele espalhadas pelo país terão de encerrar portas. Mais recentemente, São Francisco tornou-se a maior cidade norte-americana a proibir a venda de peles de animais.





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