Estas são as cidades com pior qualidade do ar na Europa
O ar que respiramos não é igual em todas as partes do mundo: tanto pode ser de boa qualidade, como de má. Mas temos de respirar para sobreviver. A poluição atmosférica é uma ameaça quase invisível com a qual se luta diariamente, e que coloca em risco a nossa própria saúde e a do ambiente.
O relatório anual da Airly revela quais são as cidades europeias com pior qualidade do ar, devido à elevada concentração de PM10 – partículas de diâmetro inferior a 10 micrometros – e Dióxido de azoto (NO2) no ar, no período de 2019 a 2021. A análise obteve dados através dos sensores da Airly, espalhados pelos países, bem como de várias estações de monitorização de ar.
A Escópia (Macedónia do Norte), Belgrado (Sérvia), Bucareste (Roménia), Atenas (Grécia) e Budapeste (Hungria), são as cidades mais poluídas por partículas inaláveis PM10. Relativamente à poluição por NO2, provocada principalmente pelo tráfego rodoviário, destacam-se as cidades de Bucareste, Roma (Itália), Atenas, Paris (França) e Budapeste.
Foi ainda identificado o efeito da pandemia da COVID-19, que levou a uma diminuição das concentrações de NO2 nas cidades. Neste caso, Bucareste foi substituída por Atenas, que é agora categorizada como a cidade mais poluída. Já a cidade de Madrid foi considerada, entre as cidades com maior poluição do ar, a que mais melhorou, com uma redução de 32% das concentrações de NO2.
Quanto às cidades com melhor qualidade do ar, em termos de NO2, a capital da Estónia, Talin, é a que apresenta melhores valores, seguindo-se as cidades de Vilnius (Lituânia), Copenhaga (Dinamarca) e Viena (Áustria). Em relação às zonas costeiras, a Região Autónoma dos Açores está entre as com melhor qualidade do ar.
Embora existam diferenças entre as fontes de poluição do ar em cada país – que no fundo, passa pela queima de combustíveis fósseis – é certo que a exposição humana à mesma traz consequências para o sistema respiratório, o sistema cardiovascular e a função cognitiva, e leva ao aumento do risco de desenvolvimento de doenças.