Este cientista já experimentou as picadas mais cruéis do planeta
Quem já foi picado por uma abelha sabe que a dor é bastante desagradável. Essa intensidade varia consoante a espécie e pode ser definida por uma escala. Quem a inventou foi o entomólogo norte-americano, Justin Schmidt. Este cientista do Southwest Biological Institute, no Arizona, estuda os mecanismos de defesa químicos de formigas, abelhas e vespas. No total, já foi picado mais de mil vezes, por 150 géneros diferentes de insetos e categorizou o grau da picada.
Assim, as dores do primeiro nível passam em cinco minutos. Um exemplo são as picadas das abelhas da espécie anthophora. O segundo nível é bastante mais desagradável. Persistem até 10 minutos e são descritas como “densas, vigorosas e quentes” – aqui estão incluídos os insetos da ordem Hymenoptera, que junta várias vespas, abelhas e formigas.
O terceiro nível é crítico. As picadas doem bastante e a dor tem uma duração de meia-hora. “Cáustica, ardente e impiedosa”, é assim que o cientista descreve ao canal CNN as picada das vespas conhecidas como formiga-feiticeira ou formiga aveludada.
No quarto nível de dor temos picadas que causam “dores paralisantes”. A pepsis grossa ou pepsis formosa, uma vespa que caça tarântulas, tem a honra de pertencer a esse grupo especial.
Já a formiga-cabo-verde é um caso à parte – ela é a rainha de todas as dores. A sua picada tortura a vítima até 24 horas com “uma dor pura, intensa e irradiante, como se alguém corresse em cima da brasa ardente com um prego enferrujado de 7 centímetros enfiado no calcanhar”, diz o entomólogo ao canal CNN.