Estocolmo quer esquema de limpeza de neve mais benéfico para grupos mais vulneráveis



Em Estocolmo, o Inverno pode durar quase meio ano. No último inverno, a primeira neve caiu a 25 de Outubro e a última a 20 de Abril. Com seis meses com forte probabilidade de nevar, a tarefa de manter a cidade transitável pode árdua.

Actualmente, a capital da Suécia utiliza um sistema de limpeza da neve das ruas que pouco difere das outras cidades que também enfrentam invernos rigorosos. Estes esquemas de limpeza focam-se inicialmente na desobstrução das principais vias públicas, depois nas principais áreas de comércio, seguidamente nas principais áreas que albergam escritórios e locais de trabalho ou sítios de construção e, por último, nos bairros habitacionais, nas escolas e estradas secundárias.

Porém, alguns dos governantes de Estocolmo começaram a duvidar da eficácia do esquema de limpeza e também da maneira como serve os interesses dos habitantes. Daniel Helldén, do Partido Verde, foi um destes governantes locais que considera que o actual esquema ao privilegiar inicialmente a limpeza dos grandes centros de trabalho e de construção ignora os locais mais frequentados pelos grupos mais vulneráveis, nomeadamente as mulheres, crianças e idosos. Como tal, Helldén, que também é vice-presidente do comité de Estocolmo para o tráfego e recolha do lixo e vice-presidente da câmara, apresentou uma proposta que apelidou de “limpeza de neve e igualdade de género”, refere a Atlantic Cities.

A proposta deste elemento do Partido Verde é baseada numa iniciativa que ocorreu no inverno passado na pequena localidade de Karlskoga. Depois de um estudo profundo, esta cidade, com menos de 30 mil habitantes, alterou o esquema de limpeza de neve para que os horários de limpeza estivessem mais alinhados com os horários das famílias. Agora, esta pequena localidade prioriza a limpeza das imediações das escolas, dos bairros de habitação e estradas secundárias e só depois as estradas principais.

“Deve-se olhar para o funcionamento de hoje em dia das cidades modernas. Há padrões de transporte e circulação completamente diferentes”, afirma Helldén. As alterações propostas pelo político incluem ainda as pistas para bicicletas, já que Estocolmo tem vindo a perder automobilistas. Em 2006, menos de metade das pessoas que se deslocavam para a cidade faziam-no de carro e desde então o número tem vindo a decrescer.

Foto:  plindberg / Creative Commons





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