Estudante luso-holandesa cria empresa para potencializar o turismo marítimo português
Femke Irik (na foto, em baixo) é uma holandesa de 22 anos que vive em Portugal desde os oito. A trabalhar no sector do turismo marítimo algarvio há cinco anos, esta jovem luso-holandesa rapidamente percebeu o potencial deste sector e resolveu lançar a sua própria empresa: a SeaBookings.
A SeaBookings foi fundada pela jovem e pela sua irmã, Bo Irik, e um amigo, Márcio Santos. Bo Irik, também uma empreendedora, lançou em 2008, um grupo no Facebook de oferta e procura de boleias entre Lisboa-Algarve-Lisboa, que conta com mais de mil membros que partilham boleias entre as duas regiões.
O projecto desta jovem consiste numa plataforma online onde os turistas podem pesquisar e comprar bilhetes para actividades marítimas, como passeios de barco, kayak, surf, mergulho e outros. O SeaBookings começou a ganhar os primeiros contornos durante os anos de faculdade, quando Femke estudava gestão na Nova School of Business and Economics. O projecto foi apresentado na Nova Idea Competition, onde ficou em terceiro lugar.
Incentivar o turismo de natureza
A SeaBookings vai ser agora lançada no Algarve, mas pretende, em breve, disponibilizar ofertas para toda a costa nacional. A plataforma surge no sentido de resolver os problemas dos operadores marítimo-turísticos e dos turistas, criando uma aproximação entre os dois agentes. “A SeaBookings aproxima os turistas dos operadores marítimo-turísticos, que devido à sua pequena dimensão, normalmente não têm um sistema de marcações online”, explica Femke Irik.
De acordo com a fundadora, a maioria dos operadores deste sector faz as suas reservas manualmente, o que dá origem a problemas de gestão das marcações. Adicionalmente, os turistas apenas têm a possibilidade de adquirir bilhetes para as actividades marítimas uma vez chegados ao local, já que oferta de reservas directas online é bastante escassa. Femke acredita que a plataforma, que possui um sistema aberto de ratings e comentários, vai ter “certamente um efeito positivo na qualidade do serviço prestado pelos operadores”.
Esta ferramenta poderá também aumentar drasticamente os negócios que dependem do turismo de natureza para sobreviver- um mercado que tem vindo a crescer em Portugal, mas cujo potencial ainda não estará completamente explorado.
Foto: pedrosimoes7 / Creative Commons