Estudantes convocam marcha pelo fim aos combustíveis fósseis para dia 15 de Setembro
A Greve Climática Estudantil Lisboa está a convocar estudantes e “toda a sociedade” para a marcha global pela justiça climática no dia 15 de Setembro, com início às 10h na Cidade Universitária. Reivindicam o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, de modo a garantir que o inverno de 2023/24 é o último inverno de gás no país, lê-se em comunicado.
Segundo a mesma fonte, no manifesto para esse dia, escrevem que “O rumo para o qual nos levam os governos e instituições – o do colapso – é inaceitável (…) o crescente investimento em gás fóssil não só se traduz no agravamento da crise climática (…) mas também em lucro por parte das empresas e na inflação do custo de vida das pessoas”.
Os estudantes prometem que marchar neste dia vai ser apenas o início, e que se o governo não se comprometer a “garantir um futuro” vão parar o funcionamento de escolas e instituições este semestre até que sejam ouvidos: “A nossa raiva, mas também a nossa coragem para agir de forma cada vez mais ousada vai aumentando à medida que a crise climática se agrava e a inação do governo se mantém”, afirma Beatriz Xavier, estudante de 19 anos e porta-voz do protesto.
Esta marcha insere-se no movimento internacional Fridays for Future, e para dia 15 já estão marcadas dezenas por todo o mundo. Em Portugal, os estudantes da Greve Climática Estudantil já organizam estas marchas desde 2019, e desde 2022 ocuparam já dezenas de escolas e universidades no país.
Afirmando o “falhanço total de governos e instituições” em resolver a crise climática, afirmam que “tal como disse o secretário-geral da ONU, “meias medidas não impedirão o colapso climático total””. Segundo a porta-voz, “o único plano compatível com o nosso futuro é o fim aos combustíveis fósseis. Não vamos desistir, porque esta é a luta das nossas vidas”