Estudantes representam Portugal em concurso de ciência com projeto que usa larvas para degradar plástico



Três alunos da Escola Secundária Júlio Dinis, em Ovar, vão representar Portugal num concurso de ciência na China entre 21 e 26 de agosto com um projeto sobre biodegradação de plásticos recorrendo a larvas.

A Fundação da Juventude anunciou hoje que o projeto “Larvas: praga ou solução”, já premiado na Mostra Nacional de Ciência, vai representar Portugal no CASTIC – China Adolescents Science and Technology Innovation Contest.

O projeto, desenvolvido por André Silva, Carolina Leite e Lara Pereira, testa a biodegradabilidade de plásticos e da esferovite usando larvas-da-farinha e larvas de traça-da-cera, espécies mais conhecidas por “poderem representar pragas para cereais, produtos armazenados ou para colmeias de abelhas”.

As duas espécies de larvas “mostraram potencial para uma mais rápida degradação de poliestireno expandido (esferovite) e de vários tipos de plástico (sintético, reciclado e biodegradável), podendo abrir novos caminhos para lidar com estes materiais de lenta decomposição e de grande concentração no meio ambiente”, refere um comunicado da Fundação da Juventude.

Citado no comunicado, o estudante André Leite, salienta que a presença neste concurso internacional demonstra “a qualidade do projeto, como também a confiança que o júri depositou” nos jovens para representar Portugal.

“No Concurso Nacional de Jovens Cientistas e na Mostra Nacional de Ciência, com o contributo de escolas, professores e instituições nacionais, vemos que os jovens estão cada vez mais bem preparados para contribuir para um futuro em que o conhecimento científico representa progresso e em que o poder das ideias ajuda a resolver problemas muito concreto, como os que nos são colocados ao nível do ambiente e da sustentabilidade”, disse a presidente da Fundação da Juventude, Carla Mouro.

Organizado pela Associação Chinesa de Ciência e Tecnologia e pelo Ministério da Educação chinês, a 37.ª edição do CASTIC realiza-se em Wuhan e recebe projetos científicos de diferentes áreas, reunindo mais de 500 alunos chineses e uma centena de participantes internacionais.





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