Estudo: redução da poluição evitou 11 mil mortes na Europa. Portugal é o país com maior decréscimo de NO2
Embora muita gente desconheça, a poluição é uma das causas de morte prematura no mundo. Só em 2016, na Europa, morreram cerca de 471 mil pessoas devido ao dióxido de azoto (NO2) e às partículas finas que estão em suspensão no ar.
Um estudo recente do Centre for Research on Energy and Clean Air (CREA) revela que, nos últimos trinta dias na Europa, foram evitadas mais de 11 mil mortes. Isto deve-se à drástica redução da poluição do ar, a níveis de NO2 (37%) e de partículas tóxicas (10%).
Portugal foi denominado o país com melhores resultados, tendo um decréscimo acima de 50% nas duas vertentes. Assim, foram evitadas em apenas um mês 609 mortes, sendo que em estimativa poderiam ter morrido entre 440 a 887 pessoas. Os países em que mais se observaram melhorias foram Portugal, Espanha, Alemanha, Reino Unido, Itália e França.
O CREA explica que este acontecimento resulta das medidas adotadas na Europa, de forma a combater o Coronavírus. Destacam-se, nomeadamente, o confinamento da população, o abrandamento dos setores económicos, a diminuição do tráfego rodoviário e aéreo, a menor produção de energia através do carvão e a queda do consumo de petróleo.
Além da poluição atmosférica provocar um número de mortes dez vezes superior às por acidentes de viação (por dia!), provoca também o aparecimento de doenças como a asma e o nascimento de bebés prematuros. A Organização Mundial de Saúde considera-a o maior risco ambiental para a saúde nos países europeus, e alerta que estes excedem os limites impostos de poluição no seu dia a dia.
Pode consultar o estudo aqui.