Esturjões do Yangtsé desovam na natureza pela primeira vez em 23 anos



O esturjão do Yangtsé, uma espécie extinta na natureza e preservada via reprodução artificial, voltou hoje a desovar de forma autónoma, pela primeira vez em 23 anos, num passo importante para a sua a reintegração na natureza.

Esta espécie, protegida na China, deixou no ano passado de estar “em perigo crítico”, para ser antes classificada como “extinta na natureza”, na classificação da União Internacional para a Conservação da Natureza, o que significa que se reproduzia apenas artificialmente, segundo o jornal oficial chinês Global Times.

A criação dos esturjões no meio natural foi conseguida na província de Sichuan, centro da China, onde uma equipa de investigadores soltou vinte adultos no rio, num “ninho” artificial com 45 metros cúbicos. Conseguiram, pela primeira vez em 23 anos, gerar o processo de ovulação e fertilização.

Citado pelo Global Times, o pesquisador Du Hao, do Instituto de Pesquisa de Peixes do Rio Yangtsé, afirmou que a experiência foi baseada no conhecimento acumulado nos últimos anos em programas de reprodução em cativeiro que simulavam condições de reprodução na natureza.

A China proibiu, em 2020, a pesca no Yangtsé, o rio mais longo da Ásia, para “proteger a biodiversidade”, afetada há muitos anos pela pesca predatória, poluição e barragens.

O esturjão é, juntamente com o golfinho do Yangtsé – extinto em 2006 – uma das espécies mais afetadas pelas atividades humanas.





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