EUA financiam limpeza e regeneração de locais com resíduos tóxicos
A Agência de Proteção do Ambiente [EPA, na sigla em Inglês] anunciou na terça-feira o reforço do programa federal Superfund, em mil milhões de dólares, que vai permitir a limpeza de 25 locais com resíduos tóxicos, em 15 Estados.
Este financiamento vai ainda aumentar as verbas destinadas à limpeza em curso em 85 outros locais.
O dinheiro é a terceira e última prestação de um conjunto de 3,5 mil milhões de dólares afetados ao abrigo da lei das infraestruturas, de 2021, assinado pelo presidente Joe Biden.
Velhos aterros sanitários e velhas minas e instalações industriais são alguns dos locais perigosos visados pelo programa Superfund, que já tem 44 anos.
Além dos 15 Estados, o programa vai ainda financiar regenerações Porto Rico e nas Ilhas Virgens.
A EPA comprometeu-se em eliminar situações que estão pendentes desde há muito tempo no programa Superfund, criado em 1980 para limpar locais contaminados com substâncias perigosas.
Neste momento, o Superfund está a financiar limpezas em mais de 1.300 locais, segundo a EPA.
O congressista democrata Frank Pallone, eleito pelo Estado de Nova Jérsia, salientou a importância do anúncio para os seus representados.
Com efeito, Nova Jérsia tem mais ações de limpeza ao abrigo do Superfund do que qualquer outro Estado e metade dos seus 9,3 milhões de habitantes residem a menos de cinco quilómetros de um local em limpeza.
Defendeu ainda que quem deveria pagar estas operações deveriam ser “os poluidores empresariais, não os contribuintes”.
Dos locais anunciados na terça-feira para ações de limpeza, 80% situam-se em comunidades de baixo rendimento ou com predominância de minorias étnicas, que são cronicamente poluídas em excesso.
Milhares de locais contaminados existem através dos EUA, em resultado de descargas de resíduos perigosos – por vezes ilegalmente – deixados a céu aberto, ou geridos incorretamente, incluindo complexos industriais, aterros sanitários e minas.
A limpeza e a recuperação financiadas pelo Superfund ajudam a transformar espaços contaminados, a criar empregos em comunidades sobre-endividadas e a substituir as anteriores ocupações por parques públicos, comércio retalhista, escritórios, casas e geração de energia solar, apontou a EPA.